«O que se leva desta vida», em cena no São Luiz, ameaçava ser uma belíssima peça. Primeiro, porque o título é bem «esgalhado»; depois porque o Gonçalo W. é giro.
O cenário é uma cozinha, mas daquelas mesmo a sério. Onde cheira a comidinha e há coisas a fervilhar no tacho.
E lá começa a peça. Dois cozinheiros que se pautam por «medidas» diferentes: um é muito científico no modo de cozinhar e pretende eternizar um prato de alheira, o outro acredita no prazer do momento e não quer saber do «para sempre». Nas palavras dos actores: que se F*** a eternidade.
Ahhh e minha gente, muito *** teria eu aqui que escrever para reportar o conteúdo enormemente ... VAZIO do texto. Utilizando a metáfora da cozinha, digamos que havia bons ingredientes, e o prato até podia ser «qualquer coisa muito yammy» mas acabou por ser assim um prego sem graça, um prego banal sem graça nenhuma.
O que se leva desta vida? 1h30m de C******, F***-** e muita M****. HUMPF.
[nota: mas a peça abre o apetite, oh uh oh]
[outra nota: talvez uma adaptação d'O Banquete, tivesse sido uma boa ideia, ó meninos!]