dizem que é suposto ter opinião sobre as coisas e afins. eu sou um bocadito alérgica à doxa, mas, pronto, compreendo que fica sempre bem ter um discurso mais ou menos pomposo sobre aquilo que nos rodeia.
estive a «esfolhear» (é uma palavra que inventei agora) a revista Visão desta semana. orgias, crimes, corrupção, buracos aqui e ali. grandes anúncios à Chanel, pequenos anúncios aos grandes Pesos Pesados que aí vêm. o ópio do povo, diria o outro. pelo meio fico a saber umas coisa sobre Valter Hugo Mãe (e concluo que nunca li nada dele, apesar de o admirar imenso). vejo uma referência à indignação em Angola (e ligo o facebook e leio sobre a indignação nas ruas de Nova Iorque.) leio o RAP a admitir que temos que nos render ao Novo Acordo (bah!). procuro na secção de cinema os locais onde está
A Morte de Carlos Gardel e reparo que a Visão já não apresenta os sumários dos filmes e das salas onde os podemos encontrar (duplo bah). depois recordo-me do ambiente e das pessoas com quem me cruzei em
Maputo.
enfim.
o tempo é de indignação, senhoras e senhores. e os motivos para tal são muito idênticos quer se esteja no Saldanha, em Wall Street ou em Luanda.
ou mesmo aqui em casa, a olhar para a janela e a pensar em coisas.
coisas. é verdade, o Tochas. fui ver o Pedro Tochas ao Dolce Vita Tejo e foi divertido.
muito!
e se acham que este post é meio totó, pois prometia (pelo título) um ensaio sobre o mundo e assim, indignem-se. façam cartazes e desfilem pelo corredor aí de casa.
eu limito-me a pedir desculpa de perdão, ok?